RESUMO
As horas que passamos muitas vezes excessivas e exaustivas em nosso ambientes de trabalho, que nem sempre agradável, podem não somente nós trazer um salário no final do mês, mas também danos a nossa saúde. Trabalhar em ambientes desconfortável, nocivos ou perigosos, que nós põem todos os dias fronte a situações de pressão, angustia e estresse, pode influenciar e trazer grandes dados físicos e psicológicos a nossa saúde. Nos tempo atuais precisamos lidar com o estresse causado pelo nosso trabalho e também com situações de estresse normais do dia a dia.
Palavras-chave: Trabalho. Doenças. Estresse.
1 INTRODUÇÃO
Os ambientes de trabalho se modificaram e se modificam com o avanço das tecnologias e é preciso que os funcionários tenham grande flexibilidade para se readaptar a essas rápidas mudanças de ambientes. Mas muitas vezes ambientes de trabalho desconfortável de alta pressão ou grande repetitividade, pode causar dano à saúde física ou psicológica do funcionário e baixa produtividade para as empresas. Sustentar a qualidade de vida não é uma tarefa fácil, pois o dia-a-dia apresenta vários fatores de estresse que afetam de maneira negativa o ser humano tanto física quanto psicologicamente.
2 CONCEITO DE PATOLOGIA DO TRABALHO
Normalmente quando se fala em patologia do trabalho logo nos vem à mente pessoas que sofreram algum dano físico, como os sofridos por exposição a ruídos por grande período, efeitos orgânicos causados por exposição ao frio ou calor ou então danos causados por contato ou exposição a substâncias tóxicas. No significado popular e segundo o dicionário, patologia significa doença ou desvio em relação ao que é considerado normal e que constitui doença. Patologia em relação ao trabalho pode ser considerada como dor física, angustia, aflição, prejuízo, estrago, deterioração ou dano à saúde física ou psicológica (MENDES 2005, p.48 - 49).
... A saúde pode ser lesada não apenas pela presença de fatores agressivos (fatores de risco), algumas vezes denominados ‘sobrecargas’, por exemplo , agentes tóxicos, ruído, poeira de sílica, mas também pela ausência ou deficiência de fatores ambientais (as vezes denominada ‘subcarga’), por exemplo, falta de suficiente atividade muscular, falta de comunicação com outras pessoas, falta de diversificação em tarefas de trabalho, monotonia, falta de responsabilidade individual, falta de desafios intelectuais. Embora pouco seja conhecido sobre estas condições (deficiência em estímulos essenciais) , a avaliação de saúde deveria considerar tanto a sobrecarga quanto a subcarga nas atividades de trabalho. Contudo, deve ser admitido que ate o momento pouco se conhece em relação aos efeitos das subcargas sobre a saúde... WHOS (apud MENDES, 2005, p.49).
Ambientes de trabalho influenciam na saúde dos funcionários, meio de trabalho inadequado, desconfortável, nocivos ou perigosos, podem influenciar e trazer grandes dados físicos e psicológicos na vida de trabalhadores, que na maioria das vezes passam mais tempo no seu ambiente de trabalho do que em suas próprias casas.
3 PATOLOGIAS NO TRABALHO
Muitas das patologias do trabalho da atualidade, tiveram seu ponto alto na década de 70, dentre elas, LER (lesão por esforço repetitivo), DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), dependência química, depressões, ulceras e gastrite causadas por estresse, fadiga crônica, fibromialgia, que é uma doença crônica que se caracteriza sobretudo por fadiga contínua, dores generalizadas, alterações de sono e perturbações cognitivas .
A manifestação das referidas patologias do trabalho, deu inicio principalmente pela prática do trabalho automatizado, trouxe ao trabalhador não só prejuízos orgânicos, como também desorganizações psíquicas consideráveis (VINCULO VIDA, 2009).
O ambiente de trabalho se modificou com o avanço das tecnologias, com mais rapidez do que a envergadura de adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sobre diária pressão, não somente do ambiente de trabalho, mais da sociedade em geral, além das responsabilidades do trabalho, da alta concorrência das empresas, das necessidades de se reciclar profissionalmente, tem que lidar com situações de estresse normais do dia a dia , tais como a segurança social, a conservação da família e as cobranças culturais.
Os agentes de estresse psicossociais (relativo à psicologia individual e à vida social), são tão fortes quanto os microorganismos e a insalubridade no desencadeamento de doenças. Tanto operários como executivos estão vulneráveis a situações estressantes no dia a dia. Desgastes emocionais são muito significativos na determinação de transtornos relacionados ao estresse, como no caso das depressões, ansiedade patológica, pânico, fobias, doenças psicossomáticas (que diz respeito simultaneamente ao corpo e ao espírito) (CARNEIRO, 2009).
4 ESTRESSE NO TRABALHO
A origem da palavra estresse trás controvérsias, há quem diga que a origem da palavra estresse seja do latim e signifique adversidade, pressão, esforço, outras fontes garantem que o termo surgiu da física, ligado à idéia de pressão sobre uma superfície até que ela se quebre. No entanto o estresse em si é um conjunto de reações orgânicas que se exageradas em intensidade ou duração, podem levar a um desequilíbrio no organismo.
Estar sujeito a situações de estresse não quer dizer, que se tenha algum tipo de conseqüência na saúde, mas estar em exposição prolongada a situações estressantes, podem levar pessoas a um caso de estresse agudo ou crônico, reagindo fisicamente como se estivesse em momentos de perigo o tempo todo. (SAUDE TERRA).
Os principais alertas de que o estresse cotidiano pode estar saindo do controle são: uma mudança aparente na personalidade ou no comportamento, sinais de doença física e mental. como: tremores ou sensação de fraqueza, tensão ou dor muscular, inquietação, falta de ar, palpitações, boca seca, vertigens e torturas, náuseas, impaciência, dificuldade de concentração e memorização, irritabilidade ou toxicomania (SILVA; KUHN, 2009, p.69-70).
No caso de estresse agudo ou crônico como há uma descarga de diversos hormônios no organismo, muitas alterações podem ocorrer, desde a maior liberação de suco gástrico, causando gastrite, até um distúrbio na taxa glicêmica, podendo levar à diabetes, em caso de estresse agudo. O coração é outro órgão que mais sofre com o estresse, pois, com a viscosidade sangüínea alterada, aumenta o risco de enfarte (SAUDE TERRA).
Em relação à patologia do trabalho, o estresse vem sendo conhecido como o mal do século, e normalmente esse tipo de comportamento é visto em ambientes de trabalho de elevado desgaste, que exigem muito do psicológico do funcionário e baixo poder de decisão. É nesse ambiente de trabalho que é possível ver acima da media, manifestações de desgaste mental, ansiedade e depressão. (MENDES 2005, p.108 - 109).
Os males relacionados ao estresse são considerados um grande problema, porque resultam, tanto para a empresa quanto para o trabalhador, em perdas incontáveis de dias por faltas ao trabalho; em baixa produtividade; em decisões equivocadas e, via de regra, em boa qualidade de vida reduzida. A condição do mercado de trabalho tão competitivo e estimulante submete o profissional a pressão, freqüentemente associada ao local de trabalho, e pode, ao longo do tempo, com prejuízo ao desempenho e a motivação, levá-lo ao estresse. (SILVA; KUHN, 2009, p.68).
Estudos da Organização Mundial da Saúde mostrar que além de baixa produtividade, o problema de estresse no trabalho, traz grande impacto econômico para os países. Esse estudo aponta também, que doenças crônicas e relacionadas ao estresse no trabalho são responsáveis por 60% das mortes no mundo (SAUDE BUSINESS WEB, 2009).
Mas como fazer para se livrar ou pelo menos amenizar o estresse? Muitas pessoas conseguem minimizar os efeitos negativos de um cotidiano agitado, reservando um espaço do dia para si ou para os amigos, praticando atividades físicas, meditação, fazendo alguma atividade artística, desacelerando. Algumas paradas durante o dia, para relaxamento, também são recomendadas (ADMINISTRADORES 2009).
Para se combater o estresse, a principio, precisamos saber qual a origem do mesmo, a consciência representa 90% da cura e também é uma forma de controlá-lo. (SILVA; KUHN, 2009, p.76).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que vem aumentando e alimentando o nosso estresse, é a corrida desenfreada pelo dinheiro. Precisamos respirar mais e pensar mais nem nossa saúde física e mental, para que não aconteça em um futuro bem próximo de gastarmos todo o dinheiro conquistado, com a conta de medicos e medicamentos.
Trabalhar é preciso, mas precisamos saber à hora de parar ou de dizer ‘não’. Dar mais valor a nossa saúde e se possível tornar, nossos ambientes de trabalhos, lugares mais agradáveis, mas se isso não for possível, ter o discernimento de saber que é hora de mudar.
6 REFERÊNCIAS
ADMINISTRADORES. Planejamento: solução para o estresse. Disponível em:
CARNEIRO, Daniele. Disponível em:
MENDES, René. Patologia do trabalho. São Paulo: Atheneu, 2005.
SAUDE BUSINESS WEB. Gestão. Pesquisas. Disponível em:
SAUDE.TERRA. Disponível em:
SILVA, Daniela Regina da; KUHN, Nívia Lanznaster. Psicologia Organizacional. Indaial: Ed. ASSELVI, 2009.
VINCULO VIDA. Terapia Familiar e Saúde Ocupacional. Disponível em:
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
PATOLOGIA DO TRABALHO
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